quarta-feira, 15 de junho de 2011

Libertadores: Para reescrever a história

A 52ª edição da Copa Libertadores da América chega à instância decisiva com dois gigantes na disputa pelo maior troféu continental.

Por Redação, Fifa.com


Fifa.com
O duelo muito esperado entre Neymar x Martinuccio
Saiba mais
A 52ª edição da Copa Libertadores da América chega à instância decisiva com dois gigantes na disputa pelo maior troféu continental. Peñarol e Santos, ganhadores das quatro primeiras edições do torneio, entram no gramado do mítico Estádio Centenário em Montevidéu para o primeiro confronto de um duelo cheio de história e tradição.

A partida
Peñarol x Santos, Estádio Centenário (Montevidéu), 21h50

Uma final entre Peñarol e Santos representa um verdadeiro clássico do futebol sul-americano. O time carbonero, campeão em cinco oportunidades, ganhou as duas primeiras edições da Libertadores e só não levou o tricampeonato porque foi batido pelo Santos de Pelé na final de 1962. Um ano mais tarde, o mesmo Peixe conquistou o título pela segunda e última vez, confirmando a supremacia dos dois times na época.

Quase 50 anos depois daquela inesquecível final, uruguaios e brasileiros voltam a ficar frente a frente. A equipe comandada por Diego Aguirre se destaca pela disciplina tática, pela experiência dos jogadores e por uma torcida ansiosa pelo título após uma campanha inesperada. No Santos, Muricy Ramalho aposta no futebol de Neymar e na habilidade de seus meias para cadenciar o jogo e tirar proveito da ansiedade dos uruguaios.

Curiosamente, os dois times receberam visitantes ilustres às vésperas do confronto: enquanto o Santos contou com a presença de Pelé na Vila Belmiro, o clube uruguaio recebeu Diego Forlán, que se comprometeu a visitar o Centenário para torcer pelo seu time do coração.

A trajetória
Ambas as equipes chegam à final depois de enfrentar dificuldades no início do torneio. Os dois times só conseguiram se classificar em segundo nos seus grupos, mas cresceram a partir das oitavas de final. O Peñarol mostrou a famosa garra "copeira" ao eliminar o Internacional em Porto Alegre, o Universidad Católica no Chile e o Vélez Sarsfield na Argentina. O Santos, que contratou Muricy no decorrer do torneio, superou América do México, Once Caldas e Cerro Porteño com vitórias no jogo de ida e empates na volta.

O duelo
Martinuccio x Neymar
Os uruguaios apostam na ordem tática, mas têm um jogador que já mostrou ser capaz de desequilibrar no ataque: o veloz atacante Alejandro Martinuccio. O argentino de 23 anos, que usa a camisa número 10, não costuma desperdiçar chances e se estabeleceu como o parceiro ideal de Juan Manuel Olivera, artilheiro do Peñarol na competição com cinco gols.

Neymar, por sua vez, entra em campo com o status de maior revelação brasileira dos últimos anos. Capaz de dribles encantadores, comanda todos os ataques do Peixe e assumiu naturalmente a responsabilidade de liderar o time na ausência do lesionado Paulo Henrique Ganso. Com cinco gols, é o goleador do Alvinegro Praiano.

No comando
Apesar da diferença de dez anos de idade, Diego Aguirre e Muricy Ramalho têm muito em comum: ambos contam com grande experiência em jogos internacionais e têm na Copa Libertadores uma verdadeira obsessão. O uruguaio de 45 anos já a conquistou como jogador ao marcar o gol decisivo da final de 1987 contra o América de Cáli. Muricy, que não perdeu nenhuma partida com o Santos nesta edição da Libertadores, quer realizar o seu sonho depois da derrota na decisão de 2006, quando dirigia o São Paulo.

O número
280.549 — os ingressos vendidos pelo Peñarol para jogos no Estádio Centenário na Libertadores 2011, o que garante ao time uruguaio a maior média do torneio, com 46.758 torcedores por partida.

O que eles disseram
"Sabemos que a glória é para apenas uma equipe, mas lutaremos para que seja o Peñarol. Cada vez que entramos na concentração, vemos as fotos com as equipes que um dia ergueram o troféu da Libertadores. Espero que, daqui a 20 anos, a imagem deste grupo também esteja na mesma galeria."
Darío Rodríguez, capitão do Peñarol, ao FIFA.com

"O Peñarol mostrou que é uma equipe muito perigosa, mas o Santos é grande e também está acostumado a vencer outros times grandes. Passamos pelo América, que é o time mais rico do México, pelo Once Caldas, que já ganhou Libertadores, e depois vencemos o... Quem foi mesmo? Pois é. Passamos pelo Cerro, que disputou 400 Libertadores."
Muricy Ramalho, técnico do Santos

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