segunda-feira, 4 de julho de 2011

Flávio Azevedo diz que acusações de Paulo de Tarso beiram o ridículo

Presidente da Fiern rebateu declarações do secretário Paulo de Tarso Fernandes.
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) considera que a instituição foi acusada, de maneira indevida, de ser contra o desenvolvimento econômico do Estado. Esta posição foi demonstrada pelo presidente da Fiern, Flávio Azevedo, ao rebater as declarações feitas pelo secretário chefe do Gabinete Civil do Governo do Estado, Paulo de Tarso Fernandes, em entrevista veiculada na edição de ontem de O Poti.

De acordo com Azevedo, a federação entende que as colocações do secretário foram indevidas, “visto que essa instituição foi acusada de ser contra o desenvolvimento econômico do nosso estado”.

Argumentando em cima dos pontos tocados pelo secretário, o presidente da Fiern garantiu que o fato de ser contra a importação através do Porto de Natal é porque comprar produtos feitos por empresas estrangeiras não incentiva o desenvolvimento das indústrias nacionais.

Em coletiva na Fiern, diretoria rebate declarações do chefe do Gabinete Civil do Estado

Outro ponto tocado foi a acusação de que a Fiern seria caudatária da Confederação Nacional das Indústrias (CNI). “Declaração injusta a todas as federações do NE e do Norte do Brasil. E sobretudo uma acusação, eu diria que, beirando o ridículo, quando quer que um membro do colegiado desconheça. É ir contra, como diria Nelson Rodrigues, o óbvio ululante”, enfatizou Azevedo.

Sobre a declaração de Paulo de Tarso, afirmando que a Fiern teria feito lobby para desaprovar o projeto denominado Proimport (Programa Público de Apoio às Importações do Exterior e Desenvolvimento Portuário e Aeroportuário do Rio Grande do Norte), que tinha como objetivo a melhoria do Porto de Natal e o desenvolvimento do Aerorporto de São Gonçalo, Flávio Azevedo disse considerar que o secretário cometeu um enorme equívoco.

O presidente da Fiern disse considerar que um processo de importação gera pouquíssimos empregos, ao contrário do que foi dito pelo secretário chefe do Gabinete Civil do Governo do Estado. “Em cada empresa, o processo de importação gera um emprego, que é de um importador sentado em um birô, com um computador e um telefone, para fazer contatos com exportadores, trazendo para o nosso país produtos que depois de entrar aqui, anulam a possibilidade do bem de ser fabricado no nosso país”, detalhou.


Porto de Natal
Especificamente sobre o Porto de Natal, Azevedo ressaltou que o empreendimento não vai melhorar com o incentivo à importação, mas quando dispuser da mínima estrutura capaz de evitar a ocorrência de casos como a impossibilidade de embarcar um carregamento de frutas, pela falta de equipamentos adequados. “Um guindaste não custa mais de R$ 5 milhões. Enquanto o Porto de Natal depender de navios para descarregar e carregar a carga, ele não será viável”, analisou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário