Oliveira Wanderley
O tempo é quem vai dizer, mas a posição de “independência” do PR em relação ao governo da presidenta Dilma Rousseff soa mais como pantim do que com uma decisão calcada em princípios políticos verdadeiramente alicerçados.
Se o PR falasse sério mesmo deveria ter rompido com o governo Dilma. Mas não o fez. Preferiu adotar a cômoda posição de “independência”, ressaltando que cabe a Dilma decidir sobre os cargos que o partido ocupa no governo federal.
Esse filme já vimos antes com outros partidos.
É bom também ressaltar que o PR só ensaiou essa pseudo-rebelião em relação ao Planalto devido à apuração dos atos de corrupção no Ministério dos Transportes que culminou com a exoneração do ex-ministro Alfredo Nascimento.
Se isso não tivesse ocorrido, o PR continuaria voando em céu de brigadeiro nas hostes do governo federal.
Ou seja, enquanto estava mamando e apojando nas tetas do governo federal , o PR era um aliado de primeira hora do Planalto. Mas quando foi flagrada com as mãos na botija, aí a cúpula do partido fica “amuada” e anuncia uma posição de independência.
É o que se chama de “interesses contrariados”, prática muito comum na relação entre partidos e governo.
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