Operação na Rocinha prendeu traficante Nem na madrugada desta quarta.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou que os criminosos da Rocinha demonstraram fragilidade antes da ação realizada durante a madrugada desta quarta-feira (10), que acabou com a prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, conhecido como "Nem". A afirmação de Beltrame foi feita nesta manhã, em entrevista por telefone ao “Bom Dia Brasil”.
"Eu acho que o mais importante [nesta operação] é a quebra do paradigma do império do território. Prender traficantes, apreender armas e drogas é fundamental, mas a estratégia que está sendo utilizada é exatamente a inversão do paradigma de território, é a quebra do muro imposto por armas. Na medida em que simplesmente se anunciou que isso ia acontecer, essas pessoas [os criminosos] mostraram fragilidade", disse.
Beltrame afirmou ainda que cada ocupação em favelas do Rio de Janeiro segue uma estratégia diferente. “Não há uma receita concreta de pacificação. A gente se prepara para entrar, sem confronto, mas não sabemos o que os criminosos têm na cabeça. Na Rocinha, a operação começou há cerca dez dias e ainda não terminou”, afirmou.
saiba mais
Nem era considerado pela polícia um dos traficantes mais procurados do Rio. O traficante foi preso por volta de meia-noite, na Lagoa, também na Zona Sul, quando tentava fugir escondido no porta-malas de um carro preto. No veículo ainda estavam mais dois homens, que também foram presos.
Policiais presos
Questionado sobre o fato de traficantes estarem sendo escoltados por policiais no momento da prisão, Beltrame lamentou. “Isso é triste, lamentável. Mas é preciso lembrar que temos os policiais que prenderam o próprio Nem. Tenho certeza que esse fato [a escolta] envergonha a todos, mas os policiais de bem também se sentem orgulhosos pela prisão”.
Um dos policiais militares envolvidos na ação que resultou na prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, conhecido como Nem, diz que os homens que ajudavam na fuga do criminoso chegaram a oferecer R$ 1 milhão de suborno para que eles fossem liberados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário