Para que jamais se repita
Há exatos 30 anos, o jornalista Vladimir Herzog, então diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo, despediu-se da mulher, Clarice, e saiu de casa na companhia de um amigo.
Era um sábado. Por volta das 8h ele se apresentou no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), no bairro Paraíso, 1030.
Ali funcionava o aparelho mais brutal de repressão da ditadura militar instalada no país desde abril de 1964. Ali se torturava e até se matava adversários ou supostos adversários do regime.
Havia outros jornalistas presos no DOI-CODI. Herzog imaginou que seria ouvido, responderia sobre a suspeita de pertencer ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e voltaria para casa a tempo de almoçar com Clarice.
No início da noite, o comando do então II Exército anunciou que Herzog se enforcara em uma das celas do DOI-CODI.
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