A estrutura original cedeu em 19 de maio de 2010 por problemas de má execução, mas quem arcou com os prejuízos foi o contribuinte. O Dnit fez um aditivo contratual, transferindo a conta dos reparos para a União.
Para a PF e o Ministério Público Federal, há provas de que essa medida foi tomada por diretores do Dnit em troca de pagamento de propina.
Segundo o procurador da República Ronaldo Pinheiro de Queiroz, do Rio Grande do Norte, “há fortes indícios de sobrepreço, má execução e realização de serviços diferentes dos contratados”.
“Houve entre agentes públicos e das empresas uma verdadeira associação para o cometimento de crimes”, afirmou o procurador.
A Folha visitou a ponte na sexta-feira e constatou que não há sinais de que a obra seja entregue em breve, o que a candidata a se tornar mais um “elefante branco” resultante da corrupção.
Inquérito da PF afirma que o problema era conhecido pelo superintendente regional do Dnit no RN e por seu chefe de fiscalização, ambos presos preventivamente pela Operação Via Ápia da PF.
“O local no qual se fixou a sapata da referida ponte era constituído de solo mole e foi realizado aterro sem controle, portanto, o ocorrido era previsível”, diz o inquérito.
Os envolvidos ficaram detidos por 29 dias, até serem libertados por habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
Nenhum comentário:
Postar um comentário