Confrontos mataram 400 e feriram 2.000 na capital, dizem rebeldes.
O ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, disse na madrugada desta quarta-feira (24) que a retirada de suas tropas de sua fortaleza em Trípoli foi um "movimento tático" e prometeu "morte ou vitória" perante o que qualificou de uma "agressão" das tropas ocidentais.
Tropas rebeldes invadiram Bab al-Aziziya, o QG de Kadhafi, na tarde desta terça-feira, em uma ação que o Conselho Nacional de Transição considerou como a vitória sobre o regime do coronel, três dias depois da tomada de Trípoli.
Kadhafi e seus filhos não foram encontrados no local, e seguem em local incerto.
As declarações de Kadhafi foram feitas a uma rádio local da capital, Trípoli, e transmitidas pela TV Al-Orouba.
Ele acusou a Otan de ter bombardeado seu complexo 64 vezes. A aliança militar ocidental, que cumpre mandato da ONU para proteger civis na Líbia, confirmou ter sobrevoado o complexo de Kadhafi, mas não confirmou os bombardeios.
'Vulcões de lava e fogo'
Um porta-voz do ditador líbio disse que Kadhafi está pronto parar resistir por "meses ou até mesmo anos" ao cerco dos rebeldes à capital e prometeu transformar o país em "vulcões de lava e fogo".
Falando por telefone aos canais Al-Orouba e al-Rai, Moussa Ibrahim disse que forças leais a Kadhafi capturaram quatro autoridades de "alto escalão" do Catar e outra dos Emirados Árabes e disseram que os rebeldes não encontrarão paz se avançarem para Trípoli a partir de Benghazi, no leste do país.
Apoio ocidental
EUA, ONU e países europeus reforçaram nesta terça os apelos para que o ditador, no poder desde 1969, deixe o poder imediatamente, e o Conselho Nacional de Transição, órgão político dos rebeldes, já começa a organizar o novo governo.
400 mortos
O Conselho Nacional de Transição confirmou que os três dias de combate após a tomada de Trípoli deixaram ao menos 400 mortos e 2.000 feridos.
Correspondentes da agência Reuters relataram que ainda havia tiroteios pelas ruas de Trípoli durante a madrugada desta quarta.
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