sábado, 5 de novembro de 2011

Morre na Colômbia o chefe máximo das Farc, Alfonso Cano

Presidente colombiano diz que golpe foi o mais contundente da história.

Juan Manuel Santos pediu para guerrilheiros deixarem a luta armada.

Do G1, com agências internacionais *




O chefe máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Guillermo León Sáenz Vargas, também conhecido por “Alfonso Cano”, foi morto por tropas do Exército colombiano em território da Colômbia, informou o Ministério da Defesa nesta sexta-feira (4).

O governador do departamento de Cauca, Alberto Gonzalez Mosquera, região onde o líder guerrilheiro teria sido morto também confirmou a informação à Rádio Caracol.

“As forças militares da Colômbia alcançaram um de seus objetivos militares mais importantes. Alfonso Cano foi abatido no departamento de Cauca”, disse o governador Mosquera.

Alfonso Cano, em foto de arquivo de 2000. (Foto: Scott Dalton / Arquivo / AP Photole)
Alfonso Cano, em foto de arquivo de 2000.
(Foto: Scott Dalton / Arquivo / AP Photo)
 
Não há ainda detalhes da operação que terminou na morte do líder guerrilheiro, porém, se especula na Colômbia que sua morte teria acontecido há duas semanas, mas só agora foi confirmada plenamente a identidade do rebelde.

Cadeia ou tumba

O presidente da Colômbia, Juan Manoel Santos, disse que a morte de Cano “foi o golpe mais contundente da história das Farc. Ele também pediu para que os guerrilheiros deixem a luta armada “ou vão terminar os dias na cadeia ou em uma tumba”.

Segundo o ministro de Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, na ofensiva contra Cano também foram capturados quatro guerrilheiros, entre eles o chefe de segurança das Farc, “El Índio Efraín”. A ofensiva também teria matado uma suposta companheira de Cano.

A captura de 'El Indio' ocorreu na zona montanhosa entre os municípios de Suárez e Buenos Aires, onde prosseguiam intensos combates entre tropas do Exército e guerrilheiros das Farc.


Fundada em 1964 e hoje com cerca de 8 mil combatentes, as Farc também perderam outros dois dirigentes históricos nos últimos anos: em março de 2008 Raul Reyes, morto em um ataque aéreo contra o território do Equador, e Ivan Rios, assassinado por outro rebelde. Os dois integravam o bureau político das Farc.

Em setembro de 2010, Jorge Briceno (Mono Jojoy), número dois das Farc e chefe militar da organização, foi abatido pelos militares.

(*) Com informações das agências de notícias Efe, France Presse e Reuters

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