Entidade já vê leve recessão na área e expansão menor em todo o mundo.
Vemos o crescimento dos EUA se recuperando lentamente, a zona do euro entrando em uma leve recessão e o Japão crescendo mais rápido por causa da reconstrução"
OCDE
No relatório semestral "Perspectiva Econômica" divulgado nesta segunda-feira (28), a organização cortou de 2% para 0,2% a estimativa de expansão da economia da região de moeda única no ano que tem.
Na avaliação da OCDE, a crise dos países da zona do euro representa o principal risco para a economia mundial neste momento.
Seu relatório semestral previu ainda que o crescimento mundial desacelerará para 3,4% em 2012, contra 3,8% neste ano.
Isso marca uma forte queda em relação ao cenário projetado em maio, quando a OCDE estimava expansão de 4,2% neste ano e 4,6% em 2012.
Corte de juros
Medidas extraordinárias mais radicais serão necessárias se a transmissão da política monetária na zona do euro como um todo se tornar mais seriamente enfraquecida", diz o documento.
"O BCE deve comprar bônus e estabelecer um limite para os yields, ou um piso para o valor dos bônus, para que os mercados saibam que existe uma contraparte pronta para negociar esses bônus nesse nível", diz Pier Carlo Padoan, economista-chefe da instituição.
O comitê de política monetária do BCE se encontra no dia 8 dezembro. Em novembro, a taxa básica de juros do bloco foi cortada em 25 pontos-base, para 1,25%.
Economia sem força
De acordo com o relatório , a OCDE vê que a recuperação econômica mundial está perdendo força, deixando a zona do euro em uma leve recessão e os Estados Unidos em risco de seguir o mesmo caminho.
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"A crise da zona do euro representa o risco principal para a economia mundial no momento, com a preocupação sobre a sustentabilidade da dívida soberana dos países haver se tornado generalizada", informou relatório da OCDE.
Se medidas não forem tomadas, de acordo com o relatório da OCDE, o contágio recente que afeta países cujas finanças públicas eram antes consideradas sólidas poderia levar a uma "ruptura econômica massiva".
Mais cedo, a agência de classificação financeira americana Moody's advertiu que todas as notas que medem o risco de crédito da União Europeia (UE) estão ameaçadas pela atual crise financeira.
Previsões reduzidas
A ameaça de recessões ainda mais devastadoras existe se a zona do euro não conseguir controlar sua crise de dívida e se os parlamentares dos EUA não puderem acertar um plano de redução de gastos estatais, advertiu a OCDE.
Com informações da Reuters e da Agência Estado
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