O Globo
O mercado publicitário brasileiro cresceu 8,5% em 2011, movimentando R$ 39,03 bilhões, de acordo com dados do Projeto Inter-Meios, coordenado pelo grupo Meio & Mensagem em parceria com a PricewaterhouseCoopers (PwC).
Trata-se de uma taxa bem acima dos quase 3% de alta que o próprio governo estima para o crescimento da economia em 2011, mas é metade do ritmo de desenvolvimento observado em 2010, quando a alta no mercado publicitário brasileiro foi de 17,7%.
Do volume total movimentado ano passado, R$ 31,6 bilhões foram gastos por anunciantes com a compra de espaço publicitário em veículos de comunicação. O restante, R$ 7,4 bilhões, correspondeu às despesas com produção dos comerciais.
Segundo José Carlos Salles Neto, presidente do grupo M&M, apesar de 2010 ter sido um ano excelente — com dois grandes eventos, como a Copa do Mundo da África do Sul e as eleições para presidente e governadores —, a queda esteve diretamente ligada ao desaquecimento da economia brasileira aprofundado com a crise que abala a Europa.
— É certo que eventos como eleições e copa são um fator de alta do bolo publicitário, mas de um modo geral, o maior impacto desse tipo de evento é a antecipação de gastos publicitários já planejados. O que determina o desempenho melhor ou pior no segmento é na verdade o crescimento econômico. Então este avanço menor no ano passado está mais ligado ao crescimento menor da economia brasileira do que a qualquer outro fator eventual — diz Salles Neto.
Quando analisados os segmentos escolhidos pelos anunciantes para investir, percebe-se que a internet continua crescendo acima da média de qualquer outro segmento — foram R$ 1,4 bilhão de investimento, uma aumento de 19,6% em comparação com o volume de anúncios na rede em 2010 — seguida de perto pela TV por assinatura. O volume de investimento nas TVs pagas chegou a R$ 1,1 bilhão em 2011, uma alta de 17,8% em relação ao ano anterior.
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