Evandro Éboli, O Globo
Com o discurso de que a presidente Dilma Rousseff está demorando demais para
instalar a Comissão da Verdade, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara decidiu
criar a sua própria comissão paralela e começou, nesta terça-feira, a ouvir
testemunhas daquele período que vivenciaram e atuaram de alguma maneira em um
dos lados durante a ditadura militar.
Nesta primeira reunião, os parlamentares ouviram um antigo reservista do
Exército, que serviu na região da Guerrilha do Araguaia, e que teria sido usado
pelos militares na captura dos guerrilheiros. Houve o depoimento também de um
mateiro, um morador rural da região e que teria colaborado na localização do
pessoal do PCdoB.
A reunião ocorreu às portas fechadas. Teria sido um pedido das testemunhas. A
decisão de transformar a reunião em secreta, irritou o deputado Jair Bolsonaro
(PP-RJ), um opositor ferrenho da Comissão da Verdade, que fez críticas à
deputada Luiza Erundina (PSB-SP), coordenadora da subcomissão e autora de um
projeto que defende a revisão da Lei da Anistia e prevê a punição para os
militares que cometeram violações de direitos humanos durante o regime militar.
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