DO DIARIODEPERNAMBUCO
Segundo especialistas entrevistados ontem pelo Diario, a queda do bimotor da companhia aérea Noar pode ter sido causada por falha mecânica. Para o especialista em prevenção de acidentes aeronáuticos Marcus Silva Reis, referência nacional sobre o assunto, só uma pane poderia explicar porque o piloto não conseguiu controlar a aeronave. Prova disso, de acordo com Marcus, é que ele se comunicou com a torre de controle de voos e tentou retornar ao aeroporto. O LET-410 tem como característica voos menos velozes. O avião que caiu, inclusive, tinha passado por manutenção no último fim de semana, feita pela empresa General Electric (GE), com a presença de um representante da fábrica do bimotor. A revisão durou três dias e foi iniciada na sexta-feira.
Segundo especialistas entrevistados ontem pelo Diario, a queda do bimotor da companhia aérea Noar pode ter sido causada por falha mecânica. Para o especialista em prevenção de acidentes aeronáuticos Marcus Silva Reis, referência nacional sobre o assunto, só uma pane poderia explicar porque o piloto não conseguiu controlar a aeronave. Prova disso, de acordo com Marcus, é que ele se comunicou com a torre de controle de voos e tentou retornar ao aeroporto. O LET-410 tem como característica voos menos velozes. O avião que caiu, inclusive, tinha passado por manutenção no último fim de semana, feita pela empresa General Electric (GE), com a presença de um representante da fábrica do bimotor. A revisão durou três dias e foi iniciada na sexta-feira.
Não acredito em imprudência por parte da Noar, nem questiono a habilidade dos dois pilotos. Mas acredito em acidentes. Como o tempo estava bom e esse avião é fácil de guiar, provavelmente houve uma pane de turbina ou de hélice, algum problema mecânico, apostou Marcus. Por causa do tanque cheio, o avião acabou explodindo com a queda e ficou carbonizado, dificultando a coleta de algumas provas. É a segunda vez que um LET-410 caí no país. Em 2006, outro acidente aconteceu na cidade de Macaé, no Rio de Janeiro.
O modelo, produzido pela empresa tcheca Aircraft Industries, vem se popularizando no Brasil. De acordo com a consultoria Aviation Safety Network, dos 1.100 aviões produzidos pela Aircraft, 105 sofreram acidentes desde 1981. O avião que operava pela Noar foi fabricado há apenas um ano. As causas do acidente no Recife estão sendo apuradas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília (DF). As caixas-pretas da aeronave (gravadores de dados e voz) já foram encaminhadas à sede do Cenipa. O diálogo do piloto com a torre de controle é a chave para esclarecer os motivos da tragédia.
Os motores do bimotor também foram retirados e encaminhados para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), para análise. O chefe da Divisão de Aviação Civil do Cenipa, Tenente Coronel Frederico Alberto Marcondes Felipe, o momento agora é de coletar dados. Todas as informações são relevantes para o esclarecimento do acidente. Vamos analisar os destroços, o modelo da aeronave, o processo de manutenção, o histórico dos pilotos, o treinamento dado à tripulação, o currículo da companhia e como estava o tráfego aéreo minutos antes da queda, informou o tenente.
O chefe da Divisão de Aviação do Cenipa foi ponderado. Ele disse que ainda não existem indícios das causas do acidente. Depois que os dados forem coletados, aí sim vamos levantar linhas de investigação, de acordo com as evidências. Nosso objetivo é evitar que outros acidentes aeronáuticos aconteçam, comentou. A expectativa é de que as investigações do Cenipa durem cerca de oito meses.
Além da Aeronáutica, a Polícia Civil também está investigando a tragédia. O inquérito já foi aberto e vai apurar de quem foi o culpa pela morte das 16 vítimas do acidente. O delegado responsável pelo caso, Guilherme Mesquita, informou que vai pedir o adiantamento dos resultados das perícias e exames feitos pelo Instituto de Criminalística (IC) e pelo Instituto de Medicina Legal (IML). Os funcionários da Noar serão chamados para prestar depoimentos.
Depoimentos
"O piloto executou todas as manobras que aprendeu em treinamento. Colocaria a minha família neste avião. Meus netos já voaram nele. A Anac é uma auditora constante de nossos voos e operações. Desconheço estatísticas negativa sobre o LET-410. Nossas aeronaves passam por manutenções constantes", Marco Sendim, diretor de operações da Noar
"Depois de identificar a empresa responsável pela aeronave, vamos ouvir os funcionários e testemunhas do caso. Também vou pedir adiantamento dos laudos do Instituto de Criminalística e dos
exames tanatoscópicos do IML. Em tese, temos 30 dias para concluir o inquérito, mas vamos providenciar o mais rápido possível, Guilherme Mesquita, delegado da Seccional de Boa Viagem
Saiba mais
Outras causas de acidentes com o LET-410
1,1 mil aeronaves deste tipo foram produzidas até hoje no mundo
105 delas já sofreram acidentes, sendo 95 de gravidade alta, resultando na perda total da aeronave
401 é o número total de pessoas mortas em acidentes com LET-410
28% é a taxa de sobrevivência de tripulantes de aviões deste tipo já envolvidos em choques
O primeiro acidente aéreo com data definida envolvendo aeronaves LET-410 foi registrado em 18 de abril de 1972, em Nuremberg, na Alemanha. Ninguém morreu. Antes disso, Líbia e Honduras já tinham contabilizado acidentes
O acidente aéreo mais grave com um LET 410 aconteceu na Rússia, em 26 de agosto de 1993. Todos os 24 passageiros morreram
33 países do mundo já registraram acidentes
Dez países que mais registraram acidentes (LET-410)
31 na Rússia
13 no Congo
4 em Honduras
4 no Quênia
4 na Colômbia
3 na República Tcheca
3 na Venezuela
3 no Sudão
3 no México
3 na Nigéria
31 de março de 2006: um avião modelo LET-410 caiu na Serra do Rio, em Rio Bonito, no Rio de Janeiro, deixando 19 pessoas mortas. O voo 6865 decolou às 17h19 de Macaé (RJ) com destino ao Aeroporto Santos Dumont. O bimotor sumiu dos radares de controle da Infraero e foi dado como desaparecido minutos após a sua decolagem
8 de outubro de 2007: um avião do mesmo modelo caiu na Colômbia. Todos os 18 ocupantes morreram. Os destroços foram achados na região de Cerro Bravo, a altitude de 3,6 mil metros, 11 mil pés.
Fonte: Aviation Safety Network
O modelo, produzido pela empresa tcheca Aircraft Industries, vem se popularizando no Brasil. De acordo com a consultoria Aviation Safety Network, dos 1.100 aviões produzidos pela Aircraft, 105 sofreram acidentes desde 1981. O avião que operava pela Noar foi fabricado há apenas um ano. As causas do acidente no Recife estão sendo apuradas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília (DF). As caixas-pretas da aeronave (gravadores de dados e voz) já foram encaminhadas à sede do Cenipa. O diálogo do piloto com a torre de controle é a chave para esclarecer os motivos da tragédia.
Os motores do bimotor também foram retirados e encaminhados para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), para análise. O chefe da Divisão de Aviação Civil do Cenipa, Tenente Coronel Frederico Alberto Marcondes Felipe, o momento agora é de coletar dados. Todas as informações são relevantes para o esclarecimento do acidente. Vamos analisar os destroços, o modelo da aeronave, o processo de manutenção, o histórico dos pilotos, o treinamento dado à tripulação, o currículo da companhia e como estava o tráfego aéreo minutos antes da queda, informou o tenente.
O chefe da Divisão de Aviação do Cenipa foi ponderado. Ele disse que ainda não existem indícios das causas do acidente. Depois que os dados forem coletados, aí sim vamos levantar linhas de investigação, de acordo com as evidências. Nosso objetivo é evitar que outros acidentes aeronáuticos aconteçam, comentou. A expectativa é de que as investigações do Cenipa durem cerca de oito meses.
Além da Aeronáutica, a Polícia Civil também está investigando a tragédia. O inquérito já foi aberto e vai apurar de quem foi o culpa pela morte das 16 vítimas do acidente. O delegado responsável pelo caso, Guilherme Mesquita, informou que vai pedir o adiantamento dos resultados das perícias e exames feitos pelo Instituto de Criminalística (IC) e pelo Instituto de Medicina Legal (IML). Os funcionários da Noar serão chamados para prestar depoimentos.
Depoimentos
"O piloto executou todas as manobras que aprendeu em treinamento. Colocaria a minha família neste avião. Meus netos já voaram nele. A Anac é uma auditora constante de nossos voos e operações. Desconheço estatísticas negativa sobre o LET-410. Nossas aeronaves passam por manutenções constantes", Marco Sendim, diretor de operações da Noar
"Depois de identificar a empresa responsável pela aeronave, vamos ouvir os funcionários e testemunhas do caso. Também vou pedir adiantamento dos laudos do Instituto de Criminalística e dos
exames tanatoscópicos do IML. Em tese, temos 30 dias para concluir o inquérito, mas vamos providenciar o mais rápido possível, Guilherme Mesquita, delegado da Seccional de Boa Viagem
Saiba mais
Outras causas de acidentes com o LET-410
1,1 mil aeronaves deste tipo foram produzidas até hoje no mundo
105 delas já sofreram acidentes, sendo 95 de gravidade alta, resultando na perda total da aeronave
401 é o número total de pessoas mortas em acidentes com LET-410
28% é a taxa de sobrevivência de tripulantes de aviões deste tipo já envolvidos em choques
O primeiro acidente aéreo com data definida envolvendo aeronaves LET-410 foi registrado em 18 de abril de 1972, em Nuremberg, na Alemanha. Ninguém morreu. Antes disso, Líbia e Honduras já tinham contabilizado acidentes
O acidente aéreo mais grave com um LET 410 aconteceu na Rússia, em 26 de agosto de 1993. Todos os 24 passageiros morreram
33 países do mundo já registraram acidentes
Dez países que mais registraram acidentes (LET-410)
31 na Rússia
13 no Congo
4 em Honduras
4 no Quênia
4 na Colômbia
3 na República Tcheca
3 na Venezuela
3 no Sudão
3 no México
3 na Nigéria
31 de março de 2006: um avião modelo LET-410 caiu na Serra do Rio, em Rio Bonito, no Rio de Janeiro, deixando 19 pessoas mortas. O voo 6865 decolou às 17h19 de Macaé (RJ) com destino ao Aeroporto Santos Dumont. O bimotor sumiu dos radares de controle da Infraero e foi dado como desaparecido minutos após a sua decolagem
8 de outubro de 2007: um avião do mesmo modelo caiu na Colômbia. Todos os 18 ocupantes morreram. Os destroços foram achados na região de Cerro Bravo, a altitude de 3,6 mil metros, 11 mil pés.
Fonte: Aviation Safety Network
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