O Rio Grande do Norte ocupa a quinta posição no Nordeste na quantidade de micro e pequenas empresas (MPEs). São 65.629 negócios que impulsionam a economia potiguar - número que, na região, só fica atrás dos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Maranhão. Juntas, as MPEs potiguares pagam o quarto melhor salário entre os estados nordestinos. A média é de R$ 816,00, igual a de Sergipe. Em relação aos postos de trabalho, as MPEs do RN geram 55,6% das vagas de emprego, já as médias e grandes 44,4% de um universo de 317.914 postos existentes no Rio Grande do Norte.
Os dados fazem parte do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, realizado pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgado ontem. O levantamento também revela que os negócios de pequeno porte predominam no interior do Estado. Do total de MPEs que atuam em solo potiguar, 56,2% estão em cidades do interior e 43,8% da soma de estabelecimentos estão instalados em Natal. Os dados utilizados na pesquisa são relativos ao ano passado.
O estudo também analisou a concentração das empresas por setor e, no Rio Grande do Norte, prevalecem as atividades de comércio e serviços, com 41% e 28,7% dos negócios de pequeno porte, respectivamente. Já a indústria concentra 17,4% das MPEs potiguares, enquanto a construção fica com 12,9%.
O setor que melhor remunera os empregados é a construção, com R$ 941, seguido da indústria (R$ 862). Já no segmento de serviços a média de salários é de R$ 841. Apesar de ter um maior número de empresas, o comércio paga os menores salários: R$ 762.
CRESCIMENTO
Nacionalmente, o salário dos trabalhadores empregados em micro e pequenas empresas do País cresceu em média 14,3% (em valores reais, já descontada a inflação) entre 2000 e 2010, praticamente três vezes mais que o reajuste de 4,3% da remuneração paga pelas médias e grandes empresas. De acordo com o Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa, o segmento responde por 51,6% das vagas formais no país - ou 14,7 milhões de 28,5 milhões de empregos - do setor privado brasileiro. São 6,1 milhões de micro e pequenos negócios, o que corresponde a 99% do número total de empresas do Brasil.
O anuário mostra que, de 2000 a 2010, houve uma queda na diferença da média salarial do segmento em relação ao pago pelas médias e grandes empresas. Em 2000, o salário médio do segmento era 43,8% menor. Já em 2010 quem trabalhava em micro ou pequena empresa recebeu em média 38,4% a menos.
Nas micro e pequenas empresas, o salário médio pago passou de R$ 961 em 2000 para R$ 1.099 em 2010. Já entre as grandes e médias o salário foi de R$ 1.711 em 2000 para R$ 1.786 em 2010. As remunerações pagas pelas micro e pequenas representam 40% da massa salarial total de todo o País.
As micro e pequenas empresas foram responsáveis pela criação de 48% do total de postos gerados entre 2000 e 2010, o que significa 6,1 milhões de vagas do total de 12,6 milhões de postos abertos em todo o País.
*Com informações das Agências Estado e Brasil.
País ganhou 2,7 milhões de empreendedores
O anuário divulgado ontem pelo Sebrae mostra que o número de proprietários de micro e pequenas empresas no Brasil aumentou em 2,7 milhões de 2000 para 2009. O total de empreendedores chegou a 22,9 milhões, o que representa 22,7% da população economicamente ativa do País. Deste total, quase 19 milhões são profissionais autônomos que conduzem o próprio negócio e 3,9 milhões são empresários que empregam trabalhadores. O levantamento destaca ainda o aumento da escolaridade da população como fator que impulsionou a abertura de novos negócios de 2000 a 2009. Quase dois terços, ou 60,1% dos empregadores possuíam em 2009 ao menos o ensino médio completo. Entre os trabalhadores por conta própria esse número chegou a 29,4%.
"O aumento da taxa de sobrevivência é um reflexo do crescimento da escolaridade nas micro e pequenas empresas", lembrou o presidente da entidade, Luiz Barretto, ao citar estudo do Sebrae que apontou, em outubro, que a cada 100 micro e pequenas empresas abertas no País 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência, período considerado mais crítico.
De acordo com Barretto, a estabilização da economia nacional na última década criou oportunidades para abertura de negócios, situação diferente da verificada em períodos anteriores, quando a necessidade do trabalhador motivava a criação de uma empresa. "O empreendimento motivado por oportunidade tem característica de maior formalização e longevidade, diferente do negócio aberto como último recurso do trabalhador", afirmou. "A formação de um mercado interno mais vigoroso na última década proporcionou oportunidades."
Ana SilvaO salário dos empregados em MPEs cresceu em média 14,3 por cento em 10 anos no País. No RN, a construção civil é a atividade que paga mais.
Os dados fazem parte do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, realizado pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgado ontem. O levantamento também revela que os negócios de pequeno porte predominam no interior do Estado. Do total de MPEs que atuam em solo potiguar, 56,2% estão em cidades do interior e 43,8% da soma de estabelecimentos estão instalados em Natal. Os dados utilizados na pesquisa são relativos ao ano passado.
O estudo também analisou a concentração das empresas por setor e, no Rio Grande do Norte, prevalecem as atividades de comércio e serviços, com 41% e 28,7% dos negócios de pequeno porte, respectivamente. Já a indústria concentra 17,4% das MPEs potiguares, enquanto a construção fica com 12,9%.
O setor que melhor remunera os empregados é a construção, com R$ 941, seguido da indústria (R$ 862). Já no segmento de serviços a média de salários é de R$ 841. Apesar de ter um maior número de empresas, o comércio paga os menores salários: R$ 762.
CRESCIMENTO
Nacionalmente, o salário dos trabalhadores empregados em micro e pequenas empresas do País cresceu em média 14,3% (em valores reais, já descontada a inflação) entre 2000 e 2010, praticamente três vezes mais que o reajuste de 4,3% da remuneração paga pelas médias e grandes empresas. De acordo com o Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa, o segmento responde por 51,6% das vagas formais no país - ou 14,7 milhões de 28,5 milhões de empregos - do setor privado brasileiro. São 6,1 milhões de micro e pequenos negócios, o que corresponde a 99% do número total de empresas do Brasil.
O anuário mostra que, de 2000 a 2010, houve uma queda na diferença da média salarial do segmento em relação ao pago pelas médias e grandes empresas. Em 2000, o salário médio do segmento era 43,8% menor. Já em 2010 quem trabalhava em micro ou pequena empresa recebeu em média 38,4% a menos.
Nas micro e pequenas empresas, o salário médio pago passou de R$ 961 em 2000 para R$ 1.099 em 2010. Já entre as grandes e médias o salário foi de R$ 1.711 em 2000 para R$ 1.786 em 2010. As remunerações pagas pelas micro e pequenas representam 40% da massa salarial total de todo o País.
As micro e pequenas empresas foram responsáveis pela criação de 48% do total de postos gerados entre 2000 e 2010, o que significa 6,1 milhões de vagas do total de 12,6 milhões de postos abertos em todo o País.
*Com informações das Agências Estado e Brasil.
País ganhou 2,7 milhões de empreendedores
O anuário divulgado ontem pelo Sebrae mostra que o número de proprietários de micro e pequenas empresas no Brasil aumentou em 2,7 milhões de 2000 para 2009. O total de empreendedores chegou a 22,9 milhões, o que representa 22,7% da população economicamente ativa do País. Deste total, quase 19 milhões são profissionais autônomos que conduzem o próprio negócio e 3,9 milhões são empresários que empregam trabalhadores. O levantamento destaca ainda o aumento da escolaridade da população como fator que impulsionou a abertura de novos negócios de 2000 a 2009. Quase dois terços, ou 60,1% dos empregadores possuíam em 2009 ao menos o ensino médio completo. Entre os trabalhadores por conta própria esse número chegou a 29,4%.
"O aumento da taxa de sobrevivência é um reflexo do crescimento da escolaridade nas micro e pequenas empresas", lembrou o presidente da entidade, Luiz Barretto, ao citar estudo do Sebrae que apontou, em outubro, que a cada 100 micro e pequenas empresas abertas no País 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência, período considerado mais crítico.
De acordo com Barretto, a estabilização da economia nacional na última década criou oportunidades para abertura de negócios, situação diferente da verificada em períodos anteriores, quando a necessidade do trabalhador motivava a criação de uma empresa. "O empreendimento motivado por oportunidade tem característica de maior formalização e longevidade, diferente do negócio aberto como último recurso do trabalhador", afirmou. "A formação de um mercado interno mais vigoroso na última década proporcionou oportunidades."
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