sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Torcida do Fla apoia, escala e vaia no empate sem gols com o Figueirense

Rubro-negros comparecem em bom número ao Engenhão e perdem a paciência com R10, Luxa e Renato. No fim, um resumo: ‘Time sem vergonha’

Por Richard Souza Rio de Janeiro
 
Incentivo não faltou. Cobrança, muito menos. Com o mesmo fôlego que gritou o nome de cada um dos titulares na entrada do time em campo, a torcida do Flamengo (24.485 pagantes e 28.407 presentes) pediu raça. Ninguém engoliu a postura apática do jogo contra o Coritiba, domingo passado, na derrota por 2 a 0. Contra o Figueirense, nesta quinta-feira, tinha de ser diferente de qualquer jeito. O empenho até foi, mas o resultado, não. O empate sem gols com os catarinenses devolve o time para a zona de classificação para a Libertadores, mas não agrada. A equipe chega a 56 pontos, sobe para o quinto lugar, só que continua em dívida.
Os rubro-negros mostraram-se mais empenhados em campo. A pressão para voltar à zona de classificação para a Libertadores era intensa. Com os resultados de quarta, bastava um empate para ultrapassar o Botafogo. Mas não seria o suficiente. A resposta precisava ser com vitória. Logo de cara, no primeiro ataque, uma bonita troca de passes terminou com chute de Deivid na pequena área que Wilson defendeu. Aos poucos, as tentativas de ataque deram lugar a um caminhão de passes errados. As vaias voltaram. Junior Cesar, Renato e Ronaldinho, este de forma um pouco mais contida, foram os escolhidos. Sem empolgar, a equipe rumou para o vestiário sob muitos protestos.
A torcida do Flamengo também escalou. Na volta do intervalo, nenhuma mudança. Bastaram oito minutos para os pedidos por Thomás começarem. O técnico Vanderlei Luxemburgo atendeu e ainda fez um agrado. Além do meia-atacante, chamou o volante Muralha. Airton e Renato foram substituídos. O primeiro saiu aplaudido, enquanto o camisa 11, que deu lugar a um companheiro apenas pela terceira vez na temporada, ouviu uma vaia desagradável.

Os garotos pouco fizeram. Ronaldinho e Thiago Neves, que teve um bom primeiro tempo, também. Deivid foi o mais produtivo dos homens de frente, mas não conseguiu transformar esforço em oportunidades. Esta sequer é a função dele.

O cenário se complicou. Aos 15 minutos, em bonita troca de passes entre o ex-rubro-negro Jônatas, Aloísio e Wellington Nem, o atacante ficou na cara do gol e acabou derrubado por Paulo Victor na área. O árbitro Evendo Rogério Roman marcou pênalti. Na cobrança, Aloísio bateu mal, e PV defendeu.

Os pedidos de raça de pouco antes do início da partida voltaram mais fortes, aos 20. Pouco depois, viraram gritos de burro quando Luxemburgo chamou Fierro para entrar na partida. Durante as instruções para o chileno, o técnico surpreendentemente mudou de ideia. Alguns minutos mais tarde, Jael, que já havia sido pedido pelos torcedores, entrou no lugar de Deivid. O camisa 9, um dos poucos que se salvaram, deixou o gramado aplaudido.

Ronaldinho Gaúcho até correu, batalhou, mas errou praticamente tudo o que tentou. Quase todas as cobranças de falta, seu ponto forte, pararam na barreira. A paciência da torcida com o camisa 10 também anda curta. Ele foi vaiado até em cobrança de lateral. A relação que sempre foi de amor anda abalada.

Na saída de campo, mais vaias e protestos: “Time sem vergonha e time de m...!”, berraram os rubro-negros.

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